
Tremendas Trivialidades #88
O PORQUÊ DE CADA ESCOLHA
Você já parou para pensar nos motivos que te levam a fazer cada escolha no dia a dia? Às vezes, a resposta está na ponta da língua; outras vezes, nem tanto. O fato é que todas as nossas ações, das mais rotineiras às mais ousadas, têm um porquê. O que talvez não percebamos é que, em muitos casos, estamos simplesmente seguindo o fluxo, sem questionar o real propósito por trás de cada decisão.
Quando falamos de decisões importantes, como o rumo da carreira ou o bem-estar da família, é natural refletirmos sobre o motivo. Mas e quanto às pequenas escolhas? O caminho que você escolhe para ir ao trabalho, o restaurante onde almoça, o destino das próximas férias? Às vezes, essas decisões parecem tão triviais que nem nos damos ao trabalho de questioná-las. Mas a verdade é que cada segundo do nosso tempo merece ser justificado.
Mark Twain, um dos grandes escritores americanos, disse: “Os dois dias mais importantes da sua vida são o dia em que você nasce e o dia em que descobre o porquê.” Essa citação nos lembra que o verdadeiro sentido da vida não está apenas em existir, mas em compreender o propósito por trás de nossas ações.
Conhecer o motivo de nossas ações não significa se tornar obcecado ou tentar encontrar um significado profundo em cada detalhe. Significa, sim, estar consciente das razões por trás de cada escolha, grande ou pequena. Porque, no fim das contas, cada decisão molda o curso da nossa vida.
Então, da próxima vez que você se encontrar em uma encruzilhada, seja na vida ou no dia a dia, pergunte-se: “Por que estou fazendo isso?” Se a resposta não for clara, talvez seja hora de reconsiderar. Afinal, viver de acordo com nossos valores requer que saibamos, de coração, o porquê de cada passo que damos.
PARA VOCÊ REFLETIR
Se você pudesse mudar uma pequena escolha diária para estar mais alinhado com seu propósito de vida, qual seria e por quê?

Clube Parabellum
POST PARABELLUM DA SEMANA

REFÚGIO PARA A ALMA
Chopin – Concerto para Piano n.º 1
Neste concerto, composto em 1830, Chopin nos convida a acompanhar uma jornada emocional intensa, cheia de contrastes, como se estivéssemos lendo um diário secreto onde cada nota é uma confissão.
No primeiro movimento, a orquestra apresenta uma introdução grandiosa, mas é o piano que logo rouba a cena. Quando as teclas começam a cantar, é como se Chopin estivesse nos contando uma história pessoal, com passagens que vão do dramático ao delicado em um piscar de olhos. Há momentos em que o piano parece sussurrar segredos íntimos, enquanto em outros, explode em declarações apaixonadas. Este movimento é um jogo de sedução entre o piano e a orquestra, onde o solista brilha como o protagonista de um romance épico.
O segundo movimento é um dos mais sublimes já escritos por Chopin. Aqui, nos oferece pura poesia. É como se cada nota estivesse impregnada de uma melancolia doce, uma saudade de algo que talvez nunca tenha existido. O piano canta suavemente, quase como uma voz humana, narrando uma história de amor e saudade que ecoa profundamente no coração do ouvinte. Escrevendo sobre esse movimento a um amigo, Chopin disse: “Ele pretende transmitir a impressão que se recebe quando o olhar repousa sobre uma paisagem amada que evoca na alma belas memórias — por exemplo, em uma bela noite de primavera iluminada pela lua.”
No terceiro movimento, Chopin nos surpreende com uma explosão de energia. É como se, após tanta introspecção, ele quisesse nos lembrar da alegria pura que a música pode proporcionar.
O Concerto para Piano nº 1, de Chopin, é mais do que uma obra-prima. É uma conversa íntima entre o compositor e o ouvinte, onde cada movimento revela uma faceta diferente da alma humana. Ao ouvir essa obra, somos transportados para o mundo de Chopin, um lugar onde a beleza e a dor coexistem, e onde a música se torna a expressão mais pura do que significa ser humano.
Como o próprio Chopin certa vez disse: “Bach é um astrônomo, descobrindo as estrelas mais maravilhosas. Beethoven desafia o universo. Eu apenas tento expressar a alma e o coração do homem.”
O video abaixo apresenta apenas o segundo (e mais bonito) movimento do concerto. Para ouvir todo o concerto (44 minutos), clique aqui.
DOSE DE SABEDORIA
“Um homem deveria ouvir um pouco de música, ler um pouco de poesia e ver um belo quadro todos os dias de sua vida, para que os cuidados mundanos não obliterem o sentido da beleza que Deus implantou na alma humana.”

Johann Wolfgang von Goethe
Escritor Alemão
(1749 – 1832)
TRILHA SONORA DE DOMINGO
Warren Haynes – Soulshine
Chegamos ao fim da Newsletter Tremendas Trivialidades nº 88.
Esperamos que ela tenha contribuído, de alguma forma, para você ser uma pessoa melhor.
Tenha uma ótima semana!
Equipe Parabellum.
